Fartíssimo de assistir impavidamente ao desenrolar dos acontecimentos decidi, por fim, intervir. É que passaram toda a santa semana a gozar o pobre José Cid, esse vulto sagrado da nossa cultura, o homem que num rasgo de humildade assume ser “o Pai do Rock Português”, é que não é qualquer um que assume assim, de ânimo leve, a paternidade uma criança ranhosa e mal cheirosa, de origem mais que duvidosa.
Na realidade o que se passou no dia da actuação no circo da SIC foi o eclodir da repressão acumulada ao longo de décadas. O cavalo forçou a aparição! Como assim? Tão só porque o dito estava farto de viver na penumbra do sucesso do caro José. Sim, pois foi o Branquinho da Viola (BDV), assim se chama o nobre corcel, quem escreveu as letras de mais de 80% das “músicas” de José Cid! Ao que parece, o BDV fartou-se da pacata e desconhecida vida de escritor, e decidiu num acto de coragem participar da apresentação das suas criações, conseguiu subjugar a vontade do mestre José e apareceu desta vez em palco, para gáudio de todos os adeptos da música de José Cid, ou seja, o cavalo.