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quinta-feira, janeiro 22, 2004

Vimos por este meio responder a inúmeros emails que nos têm sido enviados pelos nossos amigos na resistência, que nos alertaram para o facto de em Cuba não se poder aceder ao nosso blog. Isto é revoltante! Fidel não negues a luz ao teu povo, tem juizinho!
Convém no entanto situar as pessoas menos informadas quanto à situação em cuba.
Em cuba existem já umas dezenas de milhares de computadores pessoais, a maioria não possui ligação à Internet. Por sinal não existe ligação à Internet para acesso dos cubanos, só dos turistas, os cubanos têm acesso a uma intranet. Nessa intranet só podem consultar sites sociais, educacionais, e demais palavras terminadas em ais e igualmente desinteressantes e com efeitos soporíferos. Assim sendo os Compay Segundos só têm 1100 sites à escolha e nenhum deles é corrompido pela falta de moral ocidental, o que é uma grande pena.
Ora, muitos de vos estarão, certamente, a pensar: "Sorte a deles, ao menos não têm pop-ups a toda a hora e sites porno...pera aí...não têm sites porno?"
Exacto, mas aquilo que é (ainda) mais revoltante é o facto do governo gozar com a população, como nos relata o nosso amigo da resistência:
Elian Rodriguez: “Então não é que os sites cubanos são .cu ?”
Fidel, sócio, como é? Brincamos?
É que ainda para mais é uma péssima ideia publicitária, imaginem a página da cidade de Santiago www.san.cu ou a da associação de motards ostracizados www.amo.cu. Parece-vos bem? Claro que não, agora imaginem se surge um www.lambe.cu, ou www.cheira.cu, até um www.pelo.cu, ou pior um www.olho.cu.
É uma situação deveras lastimável e aqui no AiVidaVida associamo-nos à luta pela democratização da Internet em cuba, ou pelo menos à alteração de. cu para outra coisa qualquer.
(Agora o momento Michael Moore do post)
Tenha vergonha Fidel, tenha vergonha!
(houve aqui uma ligeira adaptação porque se fosse traduzido à letra ficava algo saloio e podiam pensar que Vergonha era uma pessoa. Fica aqui na mesma e o leitor que decida: Vergonha em si Fidel, vergonha em si)


PS: Como fonte de receita extraordinária é que era capaz de não ser má ideia, se Cuba não fosse um estado comunista e decidisse vender o .cu ao estrangeiro.