Uma das coisas de que mais me arrependo é de ter começado a rapar o cabelo, periodicamente, chamando a isso “o meu corte”.
Errei, está mais que visto.
É que este simples acto acarretou consigo a gigantesca consequência da cessação da visita periódica ao barbeiro. (sim, barbeiro, porque cabeleireiro é para maricas…)
Como podem imaginar é um sufoco perder todo esse potencial cómico inerente à conversa do barbeiro. É triste, e obriga-me a refugiar-me em outras profissões, também elas baluartes da comédia em Portugal, mormente os taxistas. Mas isso é outra história.
Há que dizer que tudo isto é agravado pelo enorme grau de dependência que este corte provoca, principalmente em alguém tão preguiçoso como eu*.
Deixo então uma recomendação, em nome do futuro do humor em Portugal, a todos os aspirantes a criativos deste nosso país:
Não caiam na tentação de cortar o cabelo à máquina depois dos 12 anos de idade.
Sim, porque é esta a faixa etária de ponto de não retorno.
Posto isto, acho que vou cortar as melenas.
*A mim até me custa ter que contar e escrever as minhas ideias, é terrível, sabe tão bem ter ideias e é tão cansativo transmiti-las, para quando um blogger.com telepático?