Por cada comentário positivo que o leitor aqui deixa os proprietários do blog comprometem-se a doar 1 centimo para a luta contra a pobreza*

sexta-feira, janeiro 30, 2004

"Começa o desafio, equipa cheia de esperança, é um conjunto inexperiente mas cheio de força. Respira tranquilidade, muito concentrada na marcação, defensiva segura para o 10 mas nunca descurando oportunidades para espreitar acutilantes contra-ataques a um 14. O ataque revela-se ineficaz, mas o jogo continua vivo, a equipa disputa taco-a-taco. A meio da primeira parte, o capitão da equipa perde a cabeça agredindo um seu adversário! Penalty e expulsão! A equipa desconcentra-se com o golo sofrido, mas mantém atitude de campeã, sempre com fé na reviravolta. A marcação começa a abrir aqui e ali, nota-se já algum nervosismo, nada de mais, continua a criar jogo em quantidade e qualidade. O bom toque de bola evidenciado não leva a concretização, muito virtuosismo técnico para gáudio do público, mas golos, nem vê-los. Após perigosa iniciativa que esbarra na trave da baliza adversária, esta lança um contra-ataque acabando por fazer o 2º golo. Intervalo!
A equipa ouve o seu treinador, é preciso reagir, não pode deixar-se ir abaixo, tudo é possível, ainda falta uma metade, "somos capazes" parece ser o grito que une o grupo. O treinador opta por poupar a defensiva, afinal cometeu poucos erros, mas intervém fortemente junto dos avançados: "É preciso parar de desperdiçar, está na frente da baliza? Faz golo!"
Inicio da 2ª metade.
A equipa continua a mostrar bom entrosamento, mas o jogo está feio, muitas faltas pautam o início da 2ª parte. Ao que parece a turma da casa apresta-se para marcar um golo e reduzir a desvantagem. Em livre estudado, a bola bate estrondosamente no ferro, vai ao chão, entrou? Parece ter entrado mas a bola rechaça para fora. É a alegria nas bancadas, o treinador respira de alívio. Não, esperem! Afinal foi anulado, a bola não chegou a entrar, mantém-se tudo como estava ao intervalo, 3 jogadores vêem amarelo por protestos junto ao fiscal-de-linha.
Estamos a meio da 2ª parte, a equipa não parece ter já forças para dar a volta, a pressão adversária intensifica-se.
Jogo controlado pelos forasteiros, trocam a bola a seu belo prazer, para desespero do técnico dos locais, que vai incentivando a equipa, gritos de – "A bola é que rola" "Força, tudo é possível" "Dá e sai" – ecoam pelo relvado.
Como é possível? A defesa abre uma autêntica auto-estrada e é o 3-0! Desespero no banco, o treinador já arrancou metade do couro cabeludo e já chutou para longe tudo o que era garrafa de água e toalha que se encontravam no banco. Já se vêem lenços brancos na bancada, começa a aumentar a contestação:
"Mais um ano pó esterco, mais um ano pó esterco, até para o ano!"
Todo o estádio em autentica contestação, enquanto no relvado os jogadores adversários dominam como querem, trocando a bola ajudados pelo coro de "olés" que vem da bancada onde se encontram os adeptos visitantes. Jogada perigosa, estádio expectante, lembro que já passa do minuto 90, é golo! Golo! É da casa, um golo ao cair do pano. Não passa já de um golo de consolação! Pena não ter acontecido mais cedo e esta época de exames não estaria toda perdida! Bom, sempre é menos uma cadeira para a fase de recurso, menos-mal!"

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Eu sou muitas vezes alvo da seguinte exclamação:
"Ai, tu é que és!" (Em abono da verdade, não me dizem isto assim tão amiúde, pois existe o hábito de atravessar a rua quando eu apareço.)
Surge, então, a questão: Mas, afinal, quem é que tinha dúvidas sobre quem eu era? Se uma pessoa me conhece e me diz "ai tu é que és" é previsto eu retorquir o quê?
"Ai, tu também és muito tu!"
Ou então,
"Tu também, parecendo que não, és!"
Mas sou o quê? Sou eu? Pois sou, ele é com cada uma.
E quando após a pergunta:
"Já viste o novo programa da Luísa Castelo Branco?"
E me respondem descaradamente:
"Ei, isso é que é!"
Isso é que é o que? Um programa? Pois é, e o facto de o ser à partida não daria a entender que o era desde logo?
Agora o espantoso é que esta gíria não se limita aos meus amigos parvos (novamente se apela à criatividade do leitor que deve fazer "ó de conta" que eu possuo as chamadas amizades), aliás estas expressões são também muito utilizadas entre a chamada "gera", os fixes. Entre os fixes surge não rara vez após o relato de um feito extraordinário a exclamação:
"Esse sócio é que é!"
Novamente, é o que?
Isto realmente revolta-me porque eu o sou, e já sei que o sou e mais ainda enerva porque quem sabe que eu o sou deve à partida deduzir que eu também sei que o sou e como tal não vejo necessidade de me lembrar que eu o sou, sendo eu quem sou ou seja eu!
Penso que fica esclarecida esta questiúncula da forma mais simples possível.
Discutamos então outra questão em tudo similar a expressão:
“Tu estás lá!”
Ora, novamente, surge a pergunta:
“Estou aonde?”
Se eu estou onde estou, e sei que é cá que eu estou, não se deduz automaticamente que é cá que eu estou? Ou lá?
Se eu estou lá, significa que a pessoa não está cá, ou seja lá no meu ponto de vista, mas isto nem sempre sucede! Às vezes o interlocutor está cá, mas vem com a teoria de que eu estou lá! Como é isto possível? Não o é, isso é que irrita, há que ser mais preciso, estando eu cá não me venham dizer que eu não estou, pois eu sei que não é verdade.

Despeço-me com amizade
FVM


PS: Vocês é que são e estão, absolutamente, lá!

Hoje não vos trago revelações, longe disso, venho falar-vos de algo que já faz parte do vosso quotidiano e com o qual aprenderam a viver há muito. Falo-vos da ligação entre as empresas farmacêuticas, no seu ramo de produção de anti-depressivos e das empresas têxteis. Os pijamas com bolsos, surgem numa altura em que as grandes companhias farmacêuticas ainda procuravam o eldorado, numa época em que as pessoas não se auto e sobre-medicavam, em resumo: as trevas.
Por esta altura já o leitor se interroga: "Mas…estava tudo a correr tão bem, como vim eu parar a este site?"
Ignoramos aqui, uma vez mais, o desespero do leitor.
Adiante, o pijama com bolso surge no sentido de implementar a estratégia de levar o indivíduo a crer que pode ficar em casa sentado no sofá a fazer nada. Qual de vós nunca pensou: "Olha, tenho aqui um bolso, e se eu pusesse aqui um lenço? E se pusesse uma caneta? E se eu doravante vivesse sempre de pijama!"
Deixo aqui o alerta:
“NÃO CEDAM À TENTAÇAO!”
É que isso de andar o dia todo de pijama, ou com o upgrade, de robe, é muito negativo, fica-se demasiado vulnerável e com a exposição maciça à caixa que mudou o mundo pode-se muito bem em dois ou três meses achar que a Luís Castelo Branco até é uma pessoa interessante, com todos os perigos que isso acarreta.
Com o proliferar do pijama com bolsos, surgem mais e mais preguiçosos e pior surgem os deprimidos, que passam a santa vida a contemplar o bolso do pijama, enquanto se enfrascam com comprimidos, que se encontram dentro do mesmo bolso.
Isto encontra-se à vista de todos, é vergonhoso que o governo não intervenha!
Como temos por hábito dizer, um flagelo nunca vem só, assim sendo ficam desde já a saber que se prepara para muito breve a invasão do mercado português de pijamas, de toda uma nova gama: com suporte para copos, bolsa para telemóvel e o mais relevante de tudo luva para anexação do comando à palma da mão.
Lanço aqui um repto a quem de direito:
"Ao menos enviem também gilletes, é uma vergonha, os deprimidos são deixados ao abandono e como não têm lâminas no pijama acabam por ficar com os pelos faciais proeminentes, no caso dos homens e no caso das mulheres nem vamos abordar!"

domingo, janeiro 25, 2004

Fátima Felgueiras prossegue o seu plano de educação do povo português, esta senhora pretende levar-nos à luz, ao infinito e mais além. Após a tentativa aquando da sua primeiras entrevista em terras de Vera Cruz, na qual deu a conhecer novas palavras ao mundo e uma frase especial que eu gostava aqui de relembrar:
"Eu não fugi, limitei-me a obedecer ao tribunal da minha consciência!" – Fátima surge agora com outra figura, mais loira, mais magra, enfim têm-lhe feito bem as férias. Perdão, o exilo.
É que se havia pessoas que diziam mal da senhora por ter ido para o Brasil, ela veio provar que não só não fugiu como apenas obedeceu à pena que lhe foi instituída pelo tribunal da consciência, para o qual tinha recorrido.
Desta feita, Fatinha conseguiu os objectivos a que se propôs quando aceitou ir falar em directo na RTP. Felgueiras bateu o recorde de repetição de uma palavra em 5 minutos em televisão de língua portuguesa, convém referir que para este efeito são também contabilizados os "e", os "hmm" e os "portanto", mas a palavra que foi repetida aí umas 348 vezes, mais coisa menos coisa e como tal vencedora é: "insólito"
A palavra conheceu até novos usos como passamos a descrever:
RTP – "E não lhe passa pela cabeça voltar para Portugal e aceitar a decisão do tribunal?"
FF – "Insólito, isso seria um insólito. Insólito."
Como vemos "insólito" surge aqui como vocativo uma vez, como substantivo outra vez e como parvoíce três vezes. Também é de salientar a repetição da frase: "Apelo ao senhor presidente da república."
Esta repetição valeu a FF, desde já a nomeação para o prémio: "Referência Mais Fútil ao Mais Alto Magistrado da República Portuguesa 2004" e segundo pudemos apurar tem fortes probabilidades de ser a eleita, apesar da procissão ainda ir no adro no que a este ano diz respeito. (Mais uma bela expressão do português bucólico que queremos aqui revitalizar.)

sexta-feira, janeiro 23, 2004

O AiVidaVida teve, uma vez mais, acesso a chocantes informações. Desta feita referimo-nos ao plano espacial americano e à sua sonda que vai por enquanto palmilhando o nosso mui estimado planeta irmão. (Há que começar a trata-los já como os brasileiros a nós, não vá um dia o diabo tecê-las e termos que emigrar!)
Toda a operação se reveste de inúmeras ilegalidades, isto porque o dono de Marte, registado em cartório, e habitante de Idanha-a-Nova, Sebastião Moto-Rato Marciano, diz deter todos os direitos de exploração do planeta vermelho. As acusações surgem em catadupa, segundo Sebastião:
"Vamos lá ver, os amaricanos abusaram da minha propriedade, primeiros houve uma invasão de propriedade alheia, segundos estacionaram ilegalmente, em frente a uma garagem e terceiros cometeram também furto, pois estão a roubar os meus calhaus."
Ao que pudemos apurar há uma história ainda mais escabrosa por trás, que foi descoberta apenas ontem pelos senhores da NASA, que quando se aperceberam que não estavam sozinhos em Marte foi tarde de mais. Um arrumador de sondas que se encontrava na zona solicitamente ajudou a aparcar o Beagle 2 e após a recusa deste em entregar 1 euro ao arrumador, com a desculpa esfarrapada: "Ai, não tenho trocado." - o arrumador permitiu que o Beagle seguisse viagem e depois fanou-lhe a antena. Após o corte da ligação com o aparelho a NASA decidiu investigar e descobriu que o epicentro da questiúncula se situa na cidade do Porto. Ao que parece Rui Rio e o seu plano para a diminuição do número de arrumadores de carros no centro do porto são os responsáveis pelo possível falhanço da missão da NASA. Rui Rio optou, após compra dos direitos ao senhor Sebastião Marciano, por enviar os arrumadores para Marte. Este era um plano ultra-secreto e que até agora estava a resultar em grande, já escutamos o que Rui Rio tem a dizer sobre estes desenvolvimentos:
"É realmente uma pena, estava convencido que isto ia resultar, bolas. Tu queres ver que já não vai dar para mandar o Pinto da Costa para lá? Raios e coriscos para a NASA!"

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Vimos por este meio responder a inúmeros emails que nos têm sido enviados pelos nossos amigos na resistência, que nos alertaram para o facto de em Cuba não se poder aceder ao nosso blog. Isto é revoltante! Fidel não negues a luz ao teu povo, tem juizinho!
Convém no entanto situar as pessoas menos informadas quanto à situação em cuba.
Em cuba existem já umas dezenas de milhares de computadores pessoais, a maioria não possui ligação à Internet. Por sinal não existe ligação à Internet para acesso dos cubanos, só dos turistas, os cubanos têm acesso a uma intranet. Nessa intranet só podem consultar sites sociais, educacionais, e demais palavras terminadas em ais e igualmente desinteressantes e com efeitos soporíferos. Assim sendo os Compay Segundos só têm 1100 sites à escolha e nenhum deles é corrompido pela falta de moral ocidental, o que é uma grande pena.
Ora, muitos de vos estarão, certamente, a pensar: "Sorte a deles, ao menos não têm pop-ups a toda a hora e sites porno...pera aí...não têm sites porno?"
Exacto, mas aquilo que é (ainda) mais revoltante é o facto do governo gozar com a população, como nos relata o nosso amigo da resistência:
Elian Rodriguez: “Então não é que os sites cubanos são .cu ?”
Fidel, sócio, como é? Brincamos?
É que ainda para mais é uma péssima ideia publicitária, imaginem a página da cidade de Santiago www.san.cu ou a da associação de motards ostracizados www.amo.cu. Parece-vos bem? Claro que não, agora imaginem se surge um www.lambe.cu, ou www.cheira.cu, até um www.pelo.cu, ou pior um www.olho.cu.
É uma situação deveras lastimável e aqui no AiVidaVida associamo-nos à luta pela democratização da Internet em cuba, ou pelo menos à alteração de. cu para outra coisa qualquer.
(Agora o momento Michael Moore do post)
Tenha vergonha Fidel, tenha vergonha!
(houve aqui uma ligeira adaptação porque se fosse traduzido à letra ficava algo saloio e podiam pensar que Vergonha era uma pessoa. Fica aqui na mesma e o leitor que decida: Vergonha em si Fidel, vergonha em si)


PS: Como fonte de receita extraordinária é que era capaz de não ser má ideia, se Cuba não fosse um estado comunista e decidisse vender o .cu ao estrangeiro.

terça-feira, janeiro 20, 2004

"O guarda-redes do Genk, Jan Moons, jogou frente ao Bruges, na 18ª jornada do campeonato belga, com um auricular que lhe possibilitou receber indicações do treinador durante o encontro."
Este acontecimento foi notícia por todo o mundo pois foi a primeira vez que tal foi tentado. Ao que consta, a experiência correu bem, apesar de alguma interferência causada pelos telemóveis dos espectadores. Jan Moons para além das instruções do seu treinador recebeu também outras chamadas:
"Uma senhora insistia ser minha mãe. Perguntando repetidamente porque é que estava tanto barulho se eu estava na biblioteca a estudar EVT?"
"Uma noviça achou por bem dizer-me que estava vestida com um pijama com ursinhos e que se encontrava muito quente. Não percebi, mas ela fartou-se de rir, acho que estava bem dispostinha."
Apesar destes inconvenientes nem tudo foi negativo, em termos desportivos resultou e o clube belga pretender repetir a experiência. Jan Moons é também apologista desta nova ideia, segundo nos contou,considerou-a uma experiência enriquecedora: "Para alem do Genk ter ganho, recebi uma chamada de um senhor, durante um canto na segunda parte, que me disse que ganhei uma viagem para duas pessoas a Cuba, só tenho que ir a uma rua escura da zona do porto levantar o prémio." Podemos apurar que o dia em grande do guarda-redes não ficou por aqui visto que, segundo este nos disse: "Fiz também, um excelente negócio dado que, comprei um óptimo faqueiro, com oferta de uma picadora 1-2-3, um prático descascador de tangerinas e um sofá cor-de-nêspera tudo por 29,99€".

O AiVidaVida teve acesso a um dossier secreto, ou que o tencionava ser, que esclarece os verdadeiros motivos da invasão ao Iraque. Ao que pudemos apurar, o governo norte-americano em consenso com os militares decidiram que estava na hora de agir. Isto porquê? Não é nada por causa dessas baboseiras que os birupas dos anti-americanos vêm alegando só para denegrir a imagem de Bush. Não, a questão é que o povo americano está gordo. Balofo. Ao que parece, uma dieta rica em refrigerantes e hamburguesas quando conjugada com a pratica diária (nunca menos de 5 horinhas) do chamado desporto de sofá, leva a um embuchamento da pessoa. A constatação deste facto, capaz de causar surpresa em qualquer um, levou a que os EUA tivessem que tomar uma atitude, que passou pela ida pá guerra. Os argumentos utilizados foram que realmente a guerra faz com que os tropas emagreçam. Quando é uma guerra bem feita, com as proporções que se esperam de um conflito em condições, leva também a um adelgaçamento da população em geral, que se vê saudavelmente desprovida do fundo de maneio para aquisição dos mantimentos, ou então dispõe do pilim não tem é o que comprar.
Ao que consta, esta acção está a resultar, um grande especialista em Portugal comentou connosco:
"Eu desde sempre recomendei este tipo de terapia, já lá em casa era assim. Tavamos sempre em forma!" disse-nos José Maria Tallon.


Ps: no entanto esta decisão do estado americano trás consequências nefastas ao velho continente que se cifram fundamentalmente num aumento da calvice geral. (Enfim, a noite já está entradota, tentem compreender. Realmente a graçola é relezita. Só quando se é forçado a visualizar um especial d"Os Malucos do Riso" é que alguém arranca os próprios cabelos, perdoem!)

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Ele há coisas, que por muito que eu matute nelas, nunca as consigo atingir. Uma das mais notórias é sem duvida alguma a denominação de “RÁPIDA” que algumas camionetas levam escarrapachada no vidro da frente. Isto sempre me fez espécie. Então havendo uma rápida para que é que são precisas os outras? Esses magnatas da camionagem inter-freguesias julgam que a mente do viajante funciona como?
“Hm tá ali a “Rápida”, mas tá ali a “Demoramos pa xu-xu”, decisões…decisões! Ó, parece-me que vou pela mais demorada sempre é uma oportunidade pa ver como fico com uma barba à Saddam.!”
A escolha é difícil, compreendo, mas a questão que realmente se levanta é, se esta é rápida, ou mais rápida, porque não o são também as outras? Havendo um caminho mais rápido porque é que as outras camionetinhas não seguem o exemplo?
Outro caso, que tem tudo a ver com este, é o do correio azul. Então existe um correio urgente? Porquê? Então não deviam ser todos urgentes? Só porque eu não pago tanto significa que tenho que esperar 3 dias? Então se há a possibilidade de mandarem as encomendas mais depressa porque não as mandam todas a essa velocidade? A juntar a estas questiúnculas há ainda, em tudo similares, os pensos higiénicos e as pastas dos dentes. Porque raio é que todos os meses sai uma pasta dos dentes de cada marca com um reluzente “Ultra” escrito no tubo? Então se já arranjaram uma forma mais eficaz de tratar os dentes isso não deveria vir no produto normal? E se agora há o ultra quer dizer que o normal já não presta? E os pensinhos abas mais largas, mais finas, mais seguros, mais suaves, mais hidratantes? E as fraldas? Em 20 anos de utilização intensiva do assim chamado, refúgio do cocó ainda não se conseguiu a perfeição?
Já me ía esquecendo da clássica. Se existe um material tão resistente que quando se dá um desastre de avião esse material mantém-se inteiro, porque raio não é o avião todo feito do material da caixa-negra? Apre! Que parece que fazem as coisas só para me melindrar.

quarta-feira, janeiro 14, 2004

É já um fenómeno inegável, que muito preocupa os nossos representantes na Europa e todos os portugueses em geral. A anglo-saxonização da vida portuguesa, referimo-nos especificamente ao mundo televisivo.
Ao longo dos tempos a diversão infantil na televisão foi alimentada por centenas de engenheiros publicitários e especialistas em marketing (palavra tipicamente lusa) que foram arranjando os nomes mais apelativos para os seus programas: Brinca brincando, buéréré entre muitos outros...
O que se tem observado nos últimos anos é uma alteração nesta politica concertada de todas as estações televisivas, que levou ao despedimento maciço de centenas de jovens publicitários, conjuntamente com a liberalização do mercado televisivo, as privadas foram aos poucos introduzindo novos conceitos dando nomes a programas como: Totil Total. Esta situação levou ao aparecimento do programa Fun Totil, que é a prova provada da anglo-saxonização da língua portuguesa na televisão. Temos também o BigBrother, um Big Show SIC, a New Wave, todos programas que poderiam ter o seu título em português mas tal não acontece.
O AiVidaVida teve acesso a informações secretas (peço então que isto que se vai seguir fique só entre nós, pois não queremos comprometer o futuro das empresas em questão).
Ao que parece uma nova vaga de programas amaricanizado (que se trata da fusão de americano com maricas): O novo canal "A DOIS" irá apresentar na sua nova grelha um magazine cultural único no nosso país de seu nome "It Happens" apresentado por Charles Young Chicken Rabbit esse monstro da comunicação.
Pudemos apurar que a SIC prepara um programa de debate semanal das incidências futebolistas de seu nome "Owners of the Ball". A RTP, sabendo dos planos da SIC, prepara já o lançamento dos programas "Sporting Sunday" e "Talked Game".
Dentro da temática donas de casa teremos o programa da SIC "At Two for Three" e ao mesmo tempo na RTP o "Portugal in The Heart". Pela manhã teremos também o "Good Morning Portugal" e o "Joy Plaza".
A TVI mantém a aposta na representação portuguesa com a série juvenil "Strawberries With Sugar".

domingo, janeiro 11, 2004

Estava eu para aqui a divagar e não tendo chegado a nenhuma conclusão, decidi perguntar a um amigo:
Eu – "Mas afinal que são isso dos "fat-props"? É tipo um "bem-haja" mas sem pinta?"
Tive por resposta que: "Os props sentem-se, são algo de especial, fazem uma ligação entre ti e a pessoa a quem os mandas." Digo-lhe eu: "Mas ó Vítor não estarás a confundir props com flatulência?" Adiante...
Aquilo que realmente me revolta nos fat-props é o uso do inglês? Ok, até admito que não se arranje uma palavra portuguesa para substituir os props (mandar adereços a tipos que só na cabeça e nos pulsos têm para cima de 50 confesso que seria algo ridículo), portanto mantenha-se os props, mas e o fat? Proponho que se use mais a expressão Props-gordos, sem dúvida que fica mais enriquecida a mensagem e faz-se um favor à língua de Camões.
A outra questão, que muitas vezes se pretende escamotear, é que props-GORDOS faz adivinhar a existência de props-elegantes, ou de props-com-uns-quilinhos-a-mais, ou será que com o uso intensivo da expressão props-gordos estamos a segregar os props-trinca-espinhas? Será a sociedade das crews (é bem capaz de haver aqui pano para posts no que concerne às crews, sejam elas o que forem) uma sociedade preconceituosa que bane os props mais magricelas? Ou será que é apenas uma forma de dar ênfase ao cumprimento? É bem capaz de ser esta hipótese a mais correcta, assim sendo despeço-me do sr leitor e gostaria então de enviar props a umas pessoas:
Props-anoréticos para a redacção do Jornal Nacional e para a crew do Parque Mayer.

sábado, janeiro 10, 2004

A questão que se coloca é não: Que é que tem na mala de Natália Verbeke? - mas sim, e perdoem-me o vernáculo: QUEM ESTRUME É NATÁLIA VERBEKE?
Ao que pudemos apurar, de fontes fidedignas*, Natália Verbeke vem tendo um papel activo na sociedade lusa vai para mais de 10 anos!
Natália Verbeke desempenhou aliás um papel verdadeiramente crucial a quando da liberalização do mercado televisivo nacional. Natália colaborou com as televisões privadas, dando lhes dicas preciosas que contribuíram imenso para o desenvolvimento do povo português. Natália é a responsável por programas do gabarito de “Não te esqueças da escova dos dentes”, podemos até adiantar que foi ela a responsável pela escolha de profissão de Teresa Guilherme, incentivando-a terminantemente a sair de trás da caixa e vir para a TV, perdeu o LIDL uma excelente funcionária mas ganhou o país uma fantástica apresentadora**. Para que se perceba bem o papel de Natália na TV portuguesa podemos dizer que se trata de um Ediberto Lima na versão discreta e com um sotaque igualmente ridículo. Vocês lembram-se, com certeza, da imagem de um perfeitamente fezado*** Carlos Fino a dizer: “Sim Zé, é o trovejar sobre o céu de Bagdad, as antiaéreas começaram a disparar”. Pasme-se o leitor, pois tudo isso foi criado pela Natália. Carlos Fino estava refastelado num estúdio em Odivelas a filmar em fundo azul, tudo uma ideia para a RTP ser a 1ª a documentar o início do conflito, pudera ainda não tinha começado!
À Natália devemos também a introdução em Portugal, que tantas vantagens trouxe ao nosso povo, dessa maravilha da tecnologia que é a faixa rolante no fundo do ecrã transmitindo mensagens do povo que até aqui não tinha voz. Quem é que ao ver todos os dias as catitas e lúcidas mensagens que vão aparecendo durante os programas de opinião pública, nos reality shows, nos criadores de estrelas shows, não sente uma vontade louca de correr para a rua numa dança tribal a agradecer ao Criador?
Infelizmente para Verbeke nos últimos tempos os seus projectos não têm corrido pelo melhor a sua ultima grande proeza foi arrastar os pais da Margarida para a irem buscar aquela sem vergonhice, também conhecida por: “Ó Pa Sic a Bater no Fundo Show”. Desde então, não mais conseguiu Verbeke atingir os píncaros do sucesso, como tal aproveitou a proposta para participar num anúncio publicitário. Ao que parece terá dito: “Aceitei o anúncio porque tem muito a ver comigo, andar a rodopiar à parva com uma saquinha transparente faz muito o meu género” tendo acrescentado “É (o anúncio) um pouco o espelho da minha vida até aqui.”


* As cartas anónimas sem relevância foram, no entanto, anexadas também a este post.
** Ou não, ou não.
*** Optamos por não enveredar pela via do escárnio.

PS: Aqui no AiVidaVida gostaríamos de mandar uma forcinha para a Natália (e já agora fat props para todo o hip-hop tuga) pois sabemos que a Natália precisa de todo o apoio. É que isto de ser a cara do penso higiénico em Portugal, apesar de ter as suas vantagens, há sempre os descontos na compra do evax para "as tuas cuequinhas tanga", tem tambem os seus contras visto que toda a gente quando a vê na rua lembra-se de menstruação e isso faz com que a única relação de Natália desde que saiu o anúncio tenha sido com um jovem de 13 anos que por acaso dá pelo nome de Patusco e é da raça pastor alemão."

sexta-feira, janeiro 09, 2004

«O Cruzeiro tem estruturas melhores que o Barcelona e o AC Milan. Fico feliz por saber que essas condições também existem no Brasil» Rivaldo em declarações à imprensa.
Ao que consta Rivaldo desde que saiu do Milan colocou a equipa de Belo Horizonte no topo das suas preferências, segundo o craque brasileiro: "Só houve um time que eu coloquei à frente do Cruzeiro, isso porque sempre dou preferência às boas condições e instalações, por essa razão o Benfica era realmente o time que eu mais desejava, porque o campo de treinos do Real Clube de Massamá é sem dúvida único..."

quarta-feira, janeiro 07, 2004

Por ocasião da comemoração das bodas de prata da 1ª cirurgia do anfitrião, reuniu-se novamente o clube de chá da irmandade dos bichados. Paulo Sousa assistido pelas incansáveis enfermeiras serviu a beberagem aos seus muitos convidados. Houve algumas ausência de ultima hora da qual realçamos Paul Gascoigne que terá dito: "Tea? It's not vodka?" e foi à sua vidinha, Pizzi tentou estar presente e rever antigos companheiros de urgência hospitalar, mas uma tendinite que lhe surgiu quando corria para o avião em Buenos Aires impediu-o.
A maioria dos presentes encontra-se no futebol português mas, é de realçar a presença do hispano/argentino Esnaider, apesar de este não ter tomado o chá, pois seguiu directamente para o jacuzzi. É de realçar que a reunião não decorreu sempre de forma harmoniosa, tendo sido interrompida várias vezes:
15:00 Inicio da Reunião
15:02 Simão Sabrosa, toca à campainha, mostra o convite mas é posto na rua
15:03 Pedrosa deixa cair a colher, causando uma queimadura de 1º grau no joelho direito, saiu em maca.
15:13 Recomeça a reunião após ter sido retirado Pedrosa
15:14 Niculae chega atrasado e com ele trás um enorme saco: "Passei ali pelo McDonalds e trouxe-vos 20 happy meals, isto é que é comida"
15:15 Delfim é levado para as urgências devido a um deslocamento da coluna, o jogador pronunciou-se ainda na ambulância: "Chiça, as costas da cadeira eram mesmo duras!"
15:23 Refeitos do susto causado pelas duas lesões, lá seguem as comemorações.
15:30 Ao escutar os "Parabéns a você" Paulo Sousa tenta cruzar os braços e parte o rádio em duas posições
15:38 Apanhando-se em casa sem supervisão Rubens Júnior decide começar uma sessão de karaoke.
15:39 Moche entre os presentes
15:40 Baía agarra-se a 3 enfermeiras, começando de seguida a procurar o menisco do joelho esquerdo que:"Espichou-se e não vi onde caiu."
15:41 Rêgo coloca o braço por cima de Carlitos causando o pânico, Carlitos tropeça, parte o tornozelo direito, acerta na mesinha que continha o bule de chá, que voa em direcção a Sá Pinto, que automaticamente se atira para o chão lesionando-se na coxa direita.
15:46 Mantorras, Sanchez, Frechaut e Domingos jogam uma suecada, não deixam jogar o Malheiro (que havia chegado com o jogador Pedro Mantorras) e este fica a assistir junto com Niculae (que entretanto vai cravando cigarros).
15:49 Após várias derrotas da dupla Domingos-Mantorras, Malheiro solta um grito: "DEIXEM GANHAR O MANTORRAS!"
15:55 Pinto da Costa chega ao local da reunião tendo sido alertado para uma sessão de karaoke.
15:56 Filomena Pinto da Costa chega à residencia de Paulo Sousa.
15:57 Pinto da Costa e Reinaldo Teles chegam a roupa ao pêlo a Filomena, indo embora de seguida.
16:10 Cansados de esperar pelo regresso dos seus companheiros, Mantorras, Sanchez, Frechaut, Domingos e Malheiro decidem ir-se embora levando consigo Niculae, que se havia lesionado ao guardar o isqueiro no bolso das calças.
16:15 Yuran atropela Mantorras, Frechaut e Domingos e foge a alta velocidade.
16:30 Mehmet Scholl chega à residência de Paulo Sousa e ninguém lhe abre a porta, tentando espreitar por uma janela enrola o pé direito numa roseira, caindo no chão, fazendo com que todo o seu peso esmagasse a sua prótese do joelho direito.
FVM e VMF


Fernando Santos, em recente entrevista diz-nos o seguinte:
«Acho mal agressões e falta de fair-play, mas um jogador não se vai atirar para o chão nunca mais? Isso é matar o futebol!(...)»
Aqui no AiVidaVida não podíamos estar mais de acordo com as palavras do treinador leonino, não queremos sequer acreditar que haja alguém que não goste de ver um belo mergulho, ou pior ainda, que lute para que tal acabe. Lançamos desde já aqui um repto:
Não matem a essência do futebol, quem nos tira uma boa simulação é como quem tira um gordo a esguichar sangue a um vampiro!
Mais à frente na entrevista: "Sou Santos mas não sou santinho, por isso não vou dizer a um jogador para não se mandar, acreditar nisso é acreditar no Pai Natal – nenhum treinador vai dizer a um jogador 'vê lá, tu não te mandes'"
Olha que bem, então mas alguém quereria que o treinador interviesse numa situação destas? Claro que não! Desde pequeninos que se deve encafuar nas cabeças dos jovens jogadores que estes podem atirar-se para o chão, é o mínimo que devem fazer para perpetuar este desporto que todos amamos! Gostaria, a título pessoal, de acrescentar: Ho Ho Ho!
Fernando Santos termina então com esta punch line no mínimo deliciosa e que diz muito da classe do treinador:
«no futebol também se comete erros. E Fernando Santos até confessou que contorna filas de trânsito entrando nas bombas de gasolina…»
Penso que após um ano tão cinzento como aquele porque passamos não poderíamos desejar melhor sorte para 2004! Está na hora do povo abrir os olhos e seguir os exemplos de quem de direito. Aproveitava então para deixar também aqui uma sugestão para o nosso governo, penso que seria uma frase capaz de cativar o povo e talvez ajudar a solucionar os nossos problemas de motivação e auto-confiança, aqui fica, então, a minha contribuição:
“Façam como o Nandinho e Portugal será um Pais melhor, ele faz a sua parte e você?”

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Mais uma vez, nunca são demasiadas, o AiVidaVida antecipa-se aos meios de comunicação de todo o mundo, e traz-vos em primeiríssima mão uma notícia chocante, mas esclarecedora.
Todos nós nos lembramos, certamente, dos acontecimentos do dia 11 de Setembro, ou como é conhecido no Afeganistão:RAMALEH ALLA NATAL. Vimos então esclarecer o que se passou na altura e nos meses que se seguiram. Tudo não passou de uma brincadeira de praxe da UA-QA, Universidade Al-Qaeda Afeganistão, ao que parece, os membros da praxe incitaram os jovens caloiros a roubar aviões e dirigi-los contra as torres e pentágono. Tudo não passou de uma brincadeira. O problema surgiu quando os caloiros cumpriram a ordem, o Dux da UA-QA entrou automaticamente em contacto com a televisão para chamar a si as culpas, Bin Laden foi depois acusado formalmente. Quando se poderia pensar que isto já seria chocante em si eis que surge uma declaração ainda mais bombástica: G. BUSH não é contra Bin-Laden!
Aliás, estamos em posição de afirmar que os membros dos principais países ocidentais que se aliaram na chamada "luta contra o terrorismo", não fizeram mais que tentar afastar as atenções da praxe. Isto acontece pois os governantes desses países foram e são a favor da praxe e como tal não lhes convinha que se desenvolvesse uma discussão sobre a praxe em geral, pois ao fim ao cabo segundo defendem:
"Não passou de uma brincadeira inocente."
Ao longo da história encontra-mos provas inequívocas da existência deste sentimento praxístico no ocidente. Quem não se lembra das célebres praxes da Universidade de Wyoming, quando o Veterano Biggs disse: "Olha isto o que era giro era mandar-mos umas bombitas nucleares para o Japão" e os caloiros levaram aquilo à letra. Ou quem não conhece a história do veterano que estava com uma grande dor de cabeça se virou para os caloiros e disse: “Hoje não estou para vos aturar, ide com os porcos” e já se sabe lá se deu a invasão à cuba na baia dos porcos. Ou então a outra muito famosa de Harvard: “E se fossem chatear o Panamá?”, ou aquela outra do “De quatro para o Vietname e só vos quero tornar a ver 10 anos depois!”
A França e a Alemanha tomaram posições contrárias em relação à guerra contra o terrorismo pois, como toda a gente sabe, são países declaradamente anti-praxe.
Ave Praxisturi Te Salutant