Por cada comentário positivo que o leitor aqui deixa os proprietários do blog comprometem-se a doar 1 centimo para a luta contra a pobreza*

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Gosto muito do Natal, a sério, ainda gosto muito. As pessoas andam mais felizes, mais satisfeitas, o que transforma o sair à rua numa experiência algo surreal para quem normalmente o faz neste nosso cabisbaixo Portugal. Confesso que em termos humorísticos o país perde muito quando anda feliz. Eu, pelo menos, se não ouvir umas 3 vezes ao dia “que era só o Salazar voltar uns aninhos para isto ir ao sitio” nem me sinto bem comigo mesmo, quanto mais com vontades humorísticas.
Voltando ao tema Natalício, nestes últimos anos assistimos a uma alteração profunda nos hábitos de prendas. Passamos das prendas práticas (pijamas, meias, cuecas/boxers…), para os cheques prendas. Pela minha parte esta alteração é extremamente positiva, não que eu desgoste de receber e usar roupa interior, mas prefiro de longe estar com umas cuecas rasgadas, descalço a ver o DVD do The Office!
No entanto, penso que este caso vem juntar-se aos muitos outros que contribuem para que eu não perceba mesmo nada do funcionamento da mente humana.
Quando se chega ao ponto em que se acha boa ideia oferecer um cheque prenda, não terá chegada a altura de deixar de dar prendas?
Quando são pessoas que se conhecem bem, dar um cheque prenda até é uma óptima prenda, pois sabe-se que essa pessoa vai tirar óptimo proveito dela e ficar muito satisfeita. - A sério, ficamos! - Agora quando são pessoas que se vêem uma vez ao ano, dar um cheque prenda por obrigação não será desnecessário?
A mim sempre me disseram que dar dinheiro não era espírito natalício…olha eu acho que é, talvez não dar dinheiro aos nossos amigos e familiares mas dar o dinheiro a quem não tem com que encher o bucho na consoada talvez seja.
Posto isto, desejo a todos vós uma continuação de boas festas e venham daí mais cheques Fnac!




PS: É que eu gosto mesmo de cheques Fnac, não estou a brincar, não há melhor prenda, é que assim compro os DVDs todos que quero. Por isso já sabem, leitores do AiVV, não liguem ao que eu escrevi acima, aquilo foi só um lapso, dêem-me mas é prendas! Aqui fica a morada:
Avenida Aividavida 550-300 Porto Codex

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Marcelo Labarthe, o jovem médio contratado pelo Sporting ao Internacional de Porto Alegre, confessou hoje que é seu desejo "ser o Deco do Sporting".

Hmm, se bem percebo o jovem Marcelo quer:
Chegar ao Sporting treinar com a equipa principal durante umas semanitas, ser dispensado para as reservas. Após algum tempo, ser emprestado ao clube satélite, passar aí uma época extremamente positiva e ser cedido a um clube estilo Salgueiros para saldar dívidas antigas. Aí brilhar e ser contratado pelo FCPorto e brilhar aí mais um bom bocado e depois naturalizar-se português e ir jogar para Espanha. É isto Marcelo?
Boa sorte miúdo!

Muito defendem que Pinto da Costa está acabado, ou a perder faculdades, nada mais errado. Continua igual a si mesmo, mas numa versão 1.1, mais exagerado…
Pinto da Costa sempre apoiou aqueles que dão jeito aos seus propósitos, daí que para quem clama por autonomia para o Porto e região Norte há tanto tempo, não seja de estranhar que deseje para Presidente da República o homem que defende a independência da Madeira.
É ou não é ele? É ele sim senhor, só que em exagerado…

Agora a sério, está-se a dar um relevo excessivo às declarações de Pinto da Costa, não há motivos para preocupações, ou já se esqueceram que ele é justamente o rei do sarcasmo?
Nunca mudes Jorge, essa alegria continua a contagiar-nos!

Há muito que esperava pela oportunidade para usar uma palavra, uma interjeição, que é particularmente do meu agrado, durante meses tal não foi possível, por manifesta falta de ocasião. Cabisbaixo, soube, no entanto, esperar por aquilo que julgo ser o momento certo.
Nestes últimos dias, foi como se o tal momento certo saltasse duma camioneta de transporte de animais a alta velocidade, aterrado em cima de mim e enquanto dava um novo significado à palavra flatulência, tivesse gritado violentamente aos meus ouvidos: "CÁ TOU EU!".
A situação é a seguinte:
Pinto da Costa, referindo-se a Alberto João Jardim: «Gostava de o ver Presidente da Nação»
- Fica aqui o agradecimento ao senhor de que vocês sabem: Obrigado! –
E a esta situação fica o meu comentário, em jeito de prece, a interjeição do meu coração:
ABRENÚNCIO! Antes Salazar, antes o Marquês do Pombal!

terça-feira, dezembro 21, 2004

Parece-me a mim que o Criador está a ficar um pouco ultrapassado, algo obsoleto, até. O que Ele já fazia era acompanhar a evolução da tecnologia e criar os bebés Wireless (sem-fios).
O cordão só estorva e o umbigo, como costumo dizer: "para além de ser feio, só serve para acumular cotão."



PS: Não é a 1ª, nem 2ª, vez que aqui me venho queixar do Criador e de certas particularidades da sua obra. É com uma certa tristeza que constato que nenhum dos meus conselhos parece ter sido ouvido, pelo menos não noto alteração nenhuma nos bebés que vi ultimamente.

PPS: Também sei que a problemática umbilical já foi uma vez abordada neste espaço de cultura, no entanto, estou-me pouco defecando para isso…

quarta-feira, dezembro 15, 2004

Há muito que eu cultivo um estúpido hábito de utilizar a 1ª pessoa do plural para a 2ª pessoa do singular. Segue-se um exemplo:
“Já marcávamos um golo senhor Sokota!”
Cá está! Sim, eu sei que sou parvo.
Até agora, julgava eu que este era um hábito saudável, tudo menos perigoso. Pois, não é assim...

Vivi hoje mais uma vez uma viagem de autocarro memorável.
- Nota do autor: Com o uso deste tipo de adjectivação não pretende o autor criar qualquer falsas esperanças quanto à comicidade deste post, já deverão saber que por mais hilária que seja uma situação, este autor, consegue torná-la no mais sensaborão pedaço de escrita da História. –
Confesso que pela 1ª vez desde que furou o pneu do autocarro naquela curva em Praga, consegui sentir uma certa simpatia pelo pavor dos outros.
Estava eu muito descansadamente sentado na parte de trás do autocarro (dos grandes e articulados, aqueles dos tempos em que os pterossauros eram os habitantes desta região…), quando noto numa conversa demasiado entusiasmada às minhas 3 horas.
Após uma observação aturada, eu que até nem sou de por rótulos em ninguém, decidi logo que as personagens em questão se tratavam de tóxicos da 2ª fase (agarrados mas ainda sem aquele cheirinho a urina). A conversa andava à volta do problema do desemprego e da situação da guerra*.
Seria já uma conversa digna de registo, no entanto, o melhor estava para chegar.
O camarada tóxico que se encontrava junto à janela vê chegado o autocarro ao seu local de se apear. Levanta-se e apercebe-se que já vai tarde. Sensatamente, grita:
“Hei! Olha aqui atrás, ó seu camelo de quatro bossas!”
O motorista, possivelmente por falta de perspicácia, não deu conta que era com ele. Seguiu.
Na próxima paragem, por fim, o injustiçado tóxico lá consegue sair. Francisco estava mesmo muito animado com o ambiente do autocarro, uma mescla de alívio pela partida e irritação pelo tempo ali passado era o sentimento geral.
No entanto, (e Francisco foi dos primeiros a perceber) faltava concluir a estória de um dos intérpretes da conversa, o tóxico nº2, o que estava junto à passagem, o que estava a metro e meio de Francisco.
Estranhamente, ainda ninguém se tinha sentado no banco que vagou junto ao dito passageiro. Eis então que surge uma conversa no mesmo tom, vinda do mesmo sítio. Francisco estranha, porém, confirma as suas previsões. Era com o banco que ele falava. Seguem-se mais uns momentos de alegre confraternização com o banco, quando umas palavras soltas chegam ao orifício auricular do vosso bom Francisco:
“Deitar…perna…pessoas…chão…tenho!”
Francisco só tem tempo de olhar para o lado e de ver o senhor a esticar a perna e a promover a queda de uma senhora de meia-idade. Esta não se estatela, pois agarra-se a um jovem estudante que por perto se encontrava. Francisco está prestes a entrar num estado de coma Arafatoso, no entanto, consegue ouvir a exclamação que se seguiu:
Toxico2- “Não a deitamos ao chão, caraças! Falhamos!”
Foi neste instante que percebi que é melhor parar de falar desta estúpida forma. Farei os possíveis para não mais dizer “Argel já morríamos, não?” e coisas do género…



* Fiquei sem perceber qual a guerra, porque a culpa era “dos pretos que nos foram meter no Iraque”…

domingo, dezembro 12, 2004

Confesso que acho muito correcto o comportamento da juíza responsável pelo caso apito-dourado, quando parece fazer os possíveis para evitar prisões preventivas e quejandos judiciais num assunto tão popularmente sensível como é o caso. No entanto, gostaria que a dita senhora juíza, ou alguém de direito*, me explicasse para que raio serve a proibição de "manutenção de contacto, seja porque meio for, com fulano de tal"!
É de mim, ou até no século XII seria fácil quebrar esta proibição? Era chamar um pajem** e pedir que fosse ele transmitir mensagens.
Será que há juízes assim tão inocentezinhos que achem que as pessoas querendo não vão conseguir quebrar esta proibição?
Suponho que nos dias de hoje seja extremamente difícil comunicar com alguém sem que outros saibam, é que não estou mesmo a ver como seria possível. Esperam lá que está a tocar o telemóvel e tenho aqui uma janelinha a piscar no Messenger...já volto!

* Não digo direito no sentido de ter alguma ligação com Direito, tipo sendo advogado, ou juiz, ou notário, ou seja o que for, apenas que seja alguém de direito...Ah, também pode ser alguém de Direito de direito, claro está!

** Isto no caso de se tratar de um nobre...Bah, é óbvio que se trataria de um nobre, quem não tivesse pajem tinha uma sentença muito mais rápida e eficaz que uma proibição de comunicação...Ah bons tempos esses, oxalá houvesse um juiz que considera-se Pinto da Costa bruxo e infiel...

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Super-Heróis Parte II

Penso que um Super-Herói que seja dono da sua imagem, livre de qualquer tipo de intermediário sanguessuga, com alguns conselhos preciosos de gente boa (eu), tem tudo para vencer e deixar a sua marca neste nosso século*. Passo a explicar. Um Super-Herói para dominar o mercado, não tem que ser o mais forte, não tem que ser o mais justo, não tem que ser o mais implacável com todas as injustiças, o Super-Herói só tem que ser oportuno! Um Super-Herói tem que à partida definir a sua imagem. Será o Super-Herói mau para com os maus, ou dos mais condescendentes? Será dos que têm poderes, ou dos que vestem os poderes?
A partir destes pressupostos o Super-Herói vai construir toda a sua carreira. É preciso começar em força, aqui não há como escapar, é preciso uma operação de salvamento digna de Hollywood. Precisamos de acidentes de carro, explosões, donzela em perigo e inimigo para a vida. É extremamente importante que o Super-Herói em embrião seja capaz de esperar pela sua oportunidade. É ainda mais importante que o Super-Herói a reconheça quando ela se prantar à sua frente. Neste momento o Super-Herói passa de menino a graúdo. Não tem que tudo sair bem, mas o essencial, o salvamento da donzela e o encontro com o malvado inimigo, tem que acontecer. Em simultâneo se possível.
A partir deste momento, correndo tudo bem, o Super-Herói tem a vida feita. Sendo um bom gestor da sua carreira poderá viver desta única efeméride toda uma vida rica e plena de aventuras. O Super-Herói deve agora perceber o seu estatuto. Super. Alguma coisa quererá dizer. É chegada então a altura do Super-Herói lançar uma campanha de marketing de proporções gigantescas. Há que ir a todos os programas de entrevistas, há que procurar acordos de patrocínio. Isso dos Super-Heróis humildes e que vivem desde que outros estejam felizes já não existe! Há que procurar o dinheiro. Ele está na publicidade. Um Super-Herói que controle bem este factor poderá em 5 anos controlar uma frota de até 50 Super-Heróis-Assistentes. Um Super-Herói que seja particularmente bom a gerir a sua imagem poderá em 5/10 anos ter o seu próprio programa televisivo em horário nobre.
A partir do momento em que o Super-Herói tenha o seu futuro assegurado, acordos de patrocínio de material, anúncios publicitários, franchising dos fatos de Super, bonecos do Super, maquilhagem especial do Super (o mercado feminino é claramente um filão a explorar), o Super-Herói deve decidir se pretende a internacionalização ou a sustentação.
A internacionalização de um Super-Herói, particularmente dos portugueses e um pouco de todos que estão de fora do sector anglo-saxónico, é um processo extraordinariamente difícil. Exige uma grande aplicação e força de vontade. Esta iniciativa para um Super-Herói com créditos firmados pode ser muito destrutiva da auto-confiança. Significa começar do zero, voltar ao início, em busca da fama e glória. No entanto, aquele que vingar lá fora, será não só um marco para todos os jovens talentos, como será um marco para toda a Super-Humanidade.
Penso ter explanado sucintamente as minhas ideias na matéria, agora cabe-vos a vós, a ti, Jovem, decidir!


Para contacto de agenciamento (Super-Heróis com menos de 30 anos e capacidade de voo obrigatória)
Aividavida@hotmail.com



*considero este o meu século apesar de, obviamente, ter nascido no anterior. Espero que isto seja tido em conta e que quando forem feitos documentários sobre o século XXI tenham a decência de me vir entrevistar para eu falar um pouco de como eu vivi estes tempos conturbados que ainda não vivi, mas que há data já terei vivido.

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Super-Heróis Parte I

Uma coisa que sempre me fez espécie é a falta de capacidade de visão dos super-heróis. Aliás, penso que é devido a essa deficiência que têm sido raros os novos valores no mundo do super-heroísmo que têm vingado ultimamente. Note-se que ainda há pouco tempo uma sondagem AiVV/Sic/Visão mostrava que os super-heróis mais famosos são:
Super-Homem, Batman, Homem-Aranha, Super-Pato e Morcego-Vermelho. Isto vem-nos provar que a maioria dos super-heróis que a malta conhece são criações do século passado. Isto passa-se pois os super-heróis ficaram presos a conceitos do passado, completamente obsoletos. Hoje em dia ninguém é alguém se não tiver uma boa imagem. Convenhamos que pessoas que usam máscaras não estão propriamente a revelar grande auto-confiança. O que se passa é que a ideia das máscaras era engraçada, pegou, teve uma boa viagem, mas entretanto acabou-se a gasolina. Na verdade, continua a dar algum lucro, mas de Carnaval para Carnaval diminui a % de fatos de super-herói vendidos. Esta na altura de dar a volta, fica aqui o meu conselho/desejo para dar a volta a esta situação:
Jovem, tu que sonhas em um dia correr pela cidade (e voar porque não…), que sonhas salvar cidadãos indefesos, donzelas aflitas e gulosas, lutar contra o crime e trazer justiça ao mundo. Jovem, foge ao tradicional, sê arisco! Toca a usar um fato menos justo, o mercado heterossexual continua a ser o dominante. Aposta numa imagem forte, com constantes mudanças de visual, mas com traços contínuos e reconhecíveis. Jovem, tu consegues, basta querer. Basta perceber que se trata de uma nova era e compreendê-la. Há que ser o líder duma geração. Jovem, sê verdadeiro, sê um super-guerreiro!

Como devem ter constatado o AiVV tem andando algo (e aqui faço a selecção de algumas das opiniões que me foram comunicadas) parvo, parado, morto, mais estúpido que o costume, realmente aborrecido, palerma.
Gostaria que tivessem em linha de conta as palavras do senhor Argélico Fucks a quando da sua apresentação pelo SLB:
“O Benfica é um vulcão adormecido…pronto a explodir!”
Penso que esta declaração do Argel se aplica por inteiro ao nosso AiVV (é nosso e já expliquei que era nosso, para mais informação…bah, ninguém quer mais informação). O AiVV é neste momento um gigante adormecido, no entanto, atenção, quando ele acordar…Oh oh, meu menino, vai ser cá uma destas loucuras, upa, upa!

sexta-feira, dezembro 03, 2004

Consta que Jorge Nuno Pinto da Costa* será em breve detido para interrogatório judicial, no âmbito do processo apito dourado. Consta, igualmente, que ninguém sabe onde pára o homem.
O AiVidaVida investigou e ao que parece, Pinto da Costa estará a decidir, junto de amigos, família e de um tal de guarda Abel, qual será o próximo passo a tomar. Duas hipóteses surgem como mais prováveis:
. Pedir asilo ao Túnel das Antas, onde a justiça é sempre tão mais justa
. Aproveitar o acordo com a agência Cosmos e ir ver que tal são as praias que tanta gente do apito tem visitado…

*É presidente do FC Porto** de há uns anitos a esta parte…

** É um clube de futebol***
*** É um desporto que se pratica com uma bola em que duas equipas de 11**** elementos cada, tentam converter mais golos que a equipa adversária.
**** É um número que se segue ao 10 no sentido ascendente e que se segue ao 12 no sentido descendente.
Ex1:
1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11!
Ex2:
15,14,13,12,11!